2009/08/25

POPULISMO

O condestável Paulo Portas, nestes dias de pré-campanha,
tem sido o dirigente partidário que mais vezes aparece na RPT
fazendo campanha eleitoral. Se fizer outro tanto durante os dias
que antecederem as eleições, vai certamente superar a imagem
triste e apagada da Velha Senhora. Paulo Portas anda frenético,
suado, mas muito alegre. Ele sente-se bem no meio das peixeiras,
delira com as feiras francas, beija ciganas e padeiras, dá apertos
de mão a ciganos que não lhe recusem o cumprimento... Vale tudo
para ganhar votos. Só que desta vez PP teve uma nega. Um cigano
negou-lhe a mão, e disse-lhe que, ao combater o RSI, Paulo Portas
não devia andar por ali, a pedir o voto dos mais pobres... Mas PP,
como populista e demagogo, não se apercebe das suas contradições.
O trotzkista Francisco Louçã, que é um populista cínico, pede mais
emprego, chora os desempregados, pede mais subsídios para estes.
Ao mesmo tempo defende a "espoliação" dos ricos, a nacionalização
da Banca e dos Seguros, tudo para "criar" mais emprego. Ainda me
lembro quando um empresário da indústria de construção civil, uma
das nossas grandes empresas com obras em diversos continentes,
acordou com a CGD uma moratória da sua dívida, dando de caução
as suas acções da Cimpor... O resto é conhecido. Os mercados
accionistas mundiais estavam desvalorizados, mas nesta altura,
passado meio ano, aquelas acções subiram quase 60 por cento e já
excedem largamente o valor ajustado para a caução da dívida.
Louçã à data do acordo barafustou, acusou tudo e todos de estarem
a "salvar" o empresário com o dinheiro do povo... O cinismo político,
em Louçã, anda aliado à demagogia e ao populismo mais rasteiro.
Louçã não pensou nos milhares de empregados da Soares da Costa,
que trabalham em África, América e Europa. Louçã gostaria que o
empresário Manuel Fino falisse, e levasse ao despedimento de uns
milhares de empregados. Nesta altura é a CGD que esfrega as mãos
de contente, pois fez um bom negócio e evitou que cerca de 20 por
cento do capital da Cimpor fosse parar à mão de investidores de
outros países -- que há muito procuram o controlo da cimenteira.
É preciso cuidado com os populistas deste jaez.

É preciso estar consciente, quando se trata de fazer opções políticas.

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