2009/08/31

GRELHA DE PARTIDA

Este fim de semana as máquinas partidárias já mostraram como
vai ser a campanha eleitoral, cheia de ataques pessoais, de demagogia,
populismo e promessas, muitas promessas. Enquanto José Sócrates
fala de inovação, modernidade e solidariedade, a Velha Senhora fala
na defesa dos bons costumes, do truca-truca com fins de procriação e
das fobias que a atormentam, como seja a claustrofia, a chilreada, a
alegria dos arraiais. A aspirante a Dama de Ferro tem um discurso
medieval, paroquial, cheio de coisas velhas e bolorentas. Já o cardeal
Louçã, esse cínico de arromba, considera-se o único partido capaz de
salvar a matriz de esquerda. Promete o céu e a terra para todos. O
camarada Jerónimo sabe que o PS é o esteio do Estado Social, mas
custa-lhe admitir isso em público. "Basta de injustiças", responde ele.
Paulo Portas, esse beijoqueiro descarado, acomete contra aqueles
que vivem do RSI, contra os arruaceiros (não os da CAP) e contra
o Estado ladrão das PMEs. Nada de novo aqui, pois o discurso de PP
vem no seguimento da guerra que travou com as Women on Waves,
quando mandou a nossa Armada perseguir o batel daquelas que lhe
atiraram com preservativos. Portas não tem Programa de Governo,
porque ainda não sabe se vai ganhar votos. Por ora anda de feira
em feira, beijando velhas e novas, enquanto o H1N1 lho permitir.

Com o discurso da Velha Senhora, o grande partido da oposição não vai
ganhar muito se continuar a falar do passado enquanto ignora o futuro.

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