2009/09/28

O MAU AGOIRO FOI AFASTADO

O PS venceu as eleições legislativas e José Sócrates foi
o grande vencedor. Portugal foi salvo dos maus agoiros trazidos
pela Velha Senhora e vai agora consolidar a arrancada rumo ao
futuro de modernidade e desenvolvimento económico e social.
Quanto à candidata a Dama de Ferro, foi rejeitada pela maioria
do povo português, e vai agora ser demitida do PSD. Irão ganhar
os jovens turcos afastados pela Velha Senhora, e Cavaco Silva
está fragilizado e mais só no seu labirinto de Belém...
O Eleitor Xis fez campanha, votou e ganhou. Agora fecha esta
janela, como o fez aqui. As autárquicas são escolhas locais.

José Sócrates continuará a promover, fora da UE, o que de melhor
Portugal tem, seja na Índia, na China, em Angola, Brasil ou Turquia.

2009/09/25

A VELHA SENHORA PASSOU-SE...

A campanha eleitoral encenada pela Velha Senhora está a chegar
ao fim. É confrangedor assistir a tanta lamúria, ao deserto de ideias, à
incoerência de pensamento, à falta de carisma e de energia revelados
pela candidata. Ainda bem que chegamos ao fim da campanha, pois
Ferreira Leite começava a entrar em paranóia. Os discursos que hoje
fez são prova de que a Velha Senhora perdeu o sentido da realidade.
Ferreira Leite imagina viver num regime ditatorial, onde as pessoas
têm medo de falar. O ambiente social do país onde vive é de tal modo
repressor, que até as pessoas têm medo de confessar às equipas de
sondagens em quem pensam votar... Não acredita nas sondagens que
a colocam a oito pontos de José Sócrates. No país da Velha Senhora
existe um primeiro ministro que a todos cala, até no Parlamento...
Tapa a boca aos deputados eleitos... Eles vão ver quando chegarem a
S. Bento, vão sentir "uma asfixia democrática" à moda de King il Jung.

Se não fosse paranóico, o discurso da Velha Senhora podia lembrar
o tempo em que os comunas comiam criancinhas, mas já lá vão mais
de 35 anos. Já ninguém se deixa atemorizar. O país da Velha Senhora
ficou para trás, hoje Portugal é membro da União Europeia, pertence
ao grupo de países fundadores do Euro, a Comissão Europeia é dirigida
por um português, conseguimos o Tratado de Lisboa, temos estudantes
no Erasmus a estudar em diversos países europeus, temos empresas
industriais e de retalho espalhadas pela União Europeia, participamos
em alguns projectos europeus, como o CERN em Genebra, o sistema
de satélites Galileu, a Airbus, etc. Portugal é um país diferente do país
em que a Velha Senhora vive. Como podiamos nós, grande parte de
nós, ter como primeira-ministra, uma Velha Senhora do antigamente?

Domingo, vou votar PS, vou votar José Sócrates, um líder político
que tem uma ideia forte para desenvolver e modernizar Portugal. Um
primeiro-ministro que "abanou a modorra" das corporações do país,
criou inimigos, é verdade, mas para reformar, inovar, desenvolver,
é preciso coragem, nada de paninhos quentes. O país precisa de um
primeiro-ministro com a craveira de um Marques de Pombal, de um
Fontes Pereira de Melo, de Duarte Pacheco. Para atraso de vida já
nos bastou o Botas de Santa Comba, poupadinho, mesquinho, rural
e paroquiano. O país estava indo pelo bom caminho, até ao tsunami
do subprime que arrasou as finanças e a economia mundial. Agora é
tempo de recomeçar de novo, com coragem e abertura de espírito
para perceber o rumo que mais interessa ao país. Eu voto Sócrates.

Gala do Ballet de S. Francisco na cidade de Shangai, China, onde apresentou
o bailado Lago dos Cisnes. A estética e a beleza do conjunto são harmoniosas.

2009/09/24

OS RATOS ABANDONAM O BARCO

Os marujos que embarcaram no navio da Velha Senhora, à espera de
pescarem um bom lugar à mesa do Estado, começam a largar o barco,
deixando advinhar um naufrágio no dia das eleições legislativas. Luis
Filipe Menezes foi o primeiro a "desculpar-se", afirmando que Cavaco
Silva, ao demitir Fernando Lima, havia prestado um favorzinho ao PS.
Depois veio Peicheco Pereira acusar o PS de ter engendrado as "escutas
a Belém" para prejudicar o PSD. Hoje foi o professor Marcelo, ele que já
tinha vaticinado a vitória eleitoral da Velha Senhora, veio agora dizer
que o caso das escutas a Belém foi utilizado pelo PS para prejudicar a
candidata a Dama de Ferro. Enfim, os velhos artilheiros do cavaquismo,
arregimentados pela Velha Senhora para com eles conquistar a cidadela
de S. Bento, estão a dar à sola, desculpando-se por tudo e por nada...
O que mais me espanta é o procedimento do professor Marcelo. Custa
a crer, ele que teceu loas à Velha Senhora, ele que emitiu o oráculo da
semana, com a vitória folgada da líder do seu partido, vem agora dar
o dito por não dito, para descartar a derrota do PSD e para ressalvar
o oráculo que ele havia proferido. Se ele está a largar o barco é porque
o naufrágio é inevitável. Lá se vai o cargo de consultor jurídico...

Ver a Velha Senhora a calcorrear as cidades deste país, em campanha
eleitoral que ela não havia previsto fazer junto da "arraia miúda", mas
sim em recintos fechados, sentada a uma mesa com os seus conselheiros
Aguiar Branco, Nobre Guedes e a task force do cavaquismo, é penoso.
A senhora ontém queixou-se "desta canseira", e parece, de facto, muito
deprimida e exausta, coitada, anda a fazer um frete nas arruadas...
Mas os conselheiros que a animaram a "fazer esta guerra" não se dão
conta do cansaço da Velha Senhora. Exigem cada vez mais da sua líder.
A concretizarem-se os receios do professor Marcelo, Manuela Ferreira
Leite vai ser reformada, retirando-se da política. E os renegados que
ela afastou vão finalmente vingar-se. O PSD pode implodir, levando a
ala liberal do partido a criar, finalmente, o PSL. É a vida!...

Jóvem modelo de Body Art durante um exibição em S. Petersburgo, Rússia

2009/09/23

O NARIZ DO ROGEIRO

Assisti ontem a um debate na SIC-Notícias no qual participavam
Sarsfield Cabral, Inês Serra Lopes, Clara Ferreira Alves e o afamado
Nuno Rogeiro. O "prato do dia" eram a "escutas a Belém". Clara torcia
pelo PS, Inês parecia neutra, Sarsfield defendia Cavaco. Rogeiro estava
visivelmente enfadado, e, quando tomou a palavra, só faltou chamar de
ignorantes aos seus parceiros. "É preciso saber como funciona a Casa
Civil da PR", dizia ele. "Não é possivel haver intrusão de escutas, não
há escutas do SIR porque o sistema de escutas é sofisticado e pouca
gente saberia manejar o seu mecanismo", replicava Nuno Rogeiro.
A Clara, ao ouvir isto, olhou de lado; o Sarsfield deixou cair o queixo;
e a Inês ficou apalermada com os comentários do Rogeiro, já que
este estava a passar um atestado de menoridade aos seus colegas.

O Rogeiro estava enervado, inquieto, não parava de coçar o nariz,
ora com a mão direita ora com a esquerda. Recostava-se na cadeira,
chegava-se à frente, pendia para o lado direito, depois para o lado
esquerdo, e sempre a coçar o nariz... Estava inquieto, ansioso e tinha
um olhar mortiço. Menosprezava a opinião dos colegas, puxava dos
seus galões, dizendo dos países onde estivera, dos casos de escutas
que estudara, das chancelarias por onde andara, etc. O Nuno estava
a delirar, mas todos o levaram a sério e nem se aperceberam das
carências do comentador, que não parava de coçar o nariz... Faltava
ali a Joana Amaral Dias para diagnosticar o estado ansiolítico do
comentador Rogeiro. Era evidente que carecia de medicação. O gesto
de coçar o nariz não era pavlóvico, mas sim indicativo de carência
de algo para snifar. Mas aquela gente, atordoada pelas "escutas a
Belém", não se apercebeu de que estavam ali perante um grave
problema de saúde e de dependência... Tenham dó, parem um
pouco para ver, sentir e cheirar o que se passa em redor...

NB - Os comentadores de televisão gostam tanto de se afirmar
e de palrar por tudo e por nada, que se esquecem do lugar onde se
encontram a papaguear para o éter. Atrapalham-se uns aos outros,
pisam-se, despenteiam-se, maltratam-se. Mesmo que o adversário
esteja carente de algo, como era o caso de Rogeiro.

A Natureza deu o poder da fala ao homem mas não às aves, felizmente.

2009/09/22

UM PROGRAMA DE CILADAS

Nunca julguei que, para ganhar umas eleições, um qualquer partido
fosse capaz de trocar o seu Programa de Governo por um Programa
de Enredos, de Mexericos, de Ciladas, de Ardis e de Conspirações...
O PSD, pela mão da Velha Senhora, editou o seu Programa numa
simples folha A-4, e todos nós ficámos a pensar como poderia o PSD
ganhar as eleições com aquele rol de ideias paupérrimas e sem norte.
"Não é preciso mais para ganhar a Sócrates", diziam alguns oráculos.
"Ele (Sócrates) deixa o país numa situação económica de tal ordem
que Manuela Ferreira Leite, com o seu carisma e seriedade, ganha
as eleições à vontade" -- afirmavam outros analistas da nossa praça.

Agora, que Cavaco Silva despediu o seu conselheiro Lima, tudo
se torna mais claro. A tramóia urdida contra José Sócrates e o PS,
foi preparada ao milímetro. A partir do momento em que a "má
moeda" foi arredada do poder dentro do PSD, e a Velha Senhora
foi empossada como presidenta do partido, Cavaco Silva entrou em
colisão com o Governo de José Sócrates. Súbitamente no verão de
2008 Cavaco Silva interrompe as suas férias para falar ao país, e
todos nós ficámos perpelexos com a sua atitude. Que estaria a
acontecer de tão grave para o PR vir de Boliqueime a Belém falar
ao país? Cavaco Silva afrontou o Governo por causa do Estatuto dos
Açores, aprovado por maioria na Assembleia da República...
A partir daí, a "cooperação estratégica" com Sócrates, acabava.

O PSD dirigido por Ferreira Leite agradava a Cavaco Silva. Este
sonhava com o remake do cavaquismo: um presidente e um
governo cavaquista. A partir daquela data os estrategas do PSD
passaram a contar com Belém. E Belém começou a urdir uma teia
de suspeições, por forma a ajudar a Velha Senhora. Ela seria apoiada
pelos conselheiros de Belém, e apenas deveria seguir o caminho da
"asfixia democrática", marcado por etapas, desde a contestação dos
professores, dos militares, dos magistrados, dos enfermeiros, até
à compra da TVI pela PT e pela demissão de Moniz e sua generala.
Tudo para servir a "asfixia" sentida pela Velha Senhora. Mas esta
encenação ruiu por falta de "seriedade", frase tão cara à aspirante
a Dama de Ferro portuguesa. O Watergate de Belém implodiu,
antes das eleições, e agora a Velha Senhora e os cavaquistas que
a rodeiam estão todos orfãos. Já se sentem nus, na praça pública.

A ex-funcionária do Santander Totta poderá ficar desempregada.

2009/09/21

A FUGA DAS TOUPEIRAS

O presidente Cavaco Silva, durante a campanha eleitoral, não fala sobre
as "escutas a Belém", mas hoje demitiu o conselheiro Fernando Lima, a
"toupeira" que engendrou o Watergate de Belém. Esta medida já devia
ter sido tomada, e era o mínimo que se esperava do presidente. A Velha
Senhora já pode "respirar fundo", ali prás bandas dos Jerónimos, depois
desta desinfestação do Palácio da Presidência.

Zé Manuel Fernandes, director do Público, foi a "toupeira" que insuflou
o "gas venenoso" remetido por Fernando Lima, utilizando, para tal fim,
as colunas do jornal da Sonae, tido como "jornal de referência". Por tal
facto, o neo-conservador Zé Manel, tambem foi apeado do cargo que
exercia naquele matutino, por razões que só o patrão Belmiro conhece.
Mas, nesta vida, todos os sacanas e serventuários acabam por ser
compensados. O Zé Manel, que foi um dos "bravos" apoiantes de Bush
na "caminhada para Bagdade" -- para aquele atoleiro -- vai agora ser
compensado por um seu aliado, antigo companheiro maoista, ou seja,
vai para Bruxelas assessorar Durão Barroso, presidente da Comissão
Europeia. Os liberais neo-conservadores, protegem-se pela vida fora.

É penoso ter que assistir à palração dos candidatos a primeiro-ministro.
Estão todos contra Sócrates. Aliás, para eles, Sócrates é o princípio e o
fim de todos os males. Culpam Sócrates pela "crise do país", e tambem
pela crise na Europa, na Ásia nos States e nas Américas. Querem fazer-
-nos acreditar que Sócrates é o culpado pela falência da Islândia, pela
derrocada da Hungria, pela insolvência da Ucrãnia, pelo desaire do
Lehman Broters... Como é possivel haver neste mundo um homem tão
poderoso, tão cheio de maldade, tão demoníaco!... A oposição pragueja
contra Sócrates, porque quer "mamar na porca da política", não por
que tenha um projecto para o país, uma ideia galvanizante, um novo
paradigma de desenvolvimento. Eles lutam pelo "poleiro", é certo,
mas o mais confrangedor é ver a Velha Senhora na rua, acompanhada
de seus pagens, misturar-se com a "arraia miúda", quando ela tinha
afirmado que não faria campanha de "arruaças"... Ela fala de "verdade"
mas mente constantemente. Gagueja, tergiversa, troca as palavras,
confunde os impostos, não tem uma ideia consequente... Martela na
"asfixia democrática", sofre com a asma; agora, com o Palácio de
Belém desinfestado, vai dizer que existe "asfixia tóxica" devido aos
produtos de limpeza utilizados durante a desbaratização. Veremos.

2009/09/18

A MENTIRA DA ASFIXIA

A edição de hoje do Diário de Notícias é uma autêntica bomba ao
retardador. A primeira página foi dedicada exclusivamente a titular
as propaladas "escutas a Belém". Não me lembro do DN ter ocupado,
algum dia, a primeira página com um só título em letras garrafais.
Não terá sido fácil ao seu corpo redactorial chegar a consenso sobre
tal opção. Apesar disso, a Redacção achou conveniente justificar-se
perante os leitores, pois não é costume o DN enveredar pelo estilo
bombástico. E as razões apresentadas são de peso, já que está em
causa a "seriedade" dos políticos, a "qualidade da democracia", e a
"verdade" dos factos, palavra esta tão usada e abusada nestes dias.
O imbróglio rocambolesco, gerado a partir de Belém na primavera
de 2008, está cheio de armadilhas, uma delas é o bumerangue, uma
arma usada pelos aborígenes da Austrália, que depois de atingir o
alvo, volta ao ponto de arremesso. O alvo era o primeiro-ministro
José Sócrates, que parece não ter levado uma mocada, mas que
agora atingiu em cheio Cavaco Silva e os seus leais conselheiros...
Sócrates não está interessado em mais este fait-divers, antes
prefere a campanha eleitoral; Cavaco Silva está entalado, como
esteve com Dias Loureiro, e por ora vai dizendo que só fala após
as eleições. Talvez seja melhor, para evitar mais azedumes entre
a Velha Senhora, Belém e o primeiro-ministro. De facto, agora, o
mais importante é cumprir o calendário das eleições, informar os
portugueses de quais são as diferenças e o que cada partido tem
de diferente para governar Portugal e para o nosso futuro.
Mas o imbróglio da "asfixia democrática" tem que ser esclarecido.
E o conselheiro Lima deve ser "despedido" e abandonar Belém.
Quanto ao torquemada Zé Manel Fernandes, vai deixar o Público.
As tramóias que têm sido tecidas para "derrotar" José Sócrates!

PILARES DA UNIDADE NACIONAL. A China celebra os 60 anos da fundação da
RPC. Na Praça Tianamen, em Pequim, foram colocados 56 pilares tantos são
os 56 grupos étnicos que enformam a nação. Têm 13 metros de altura e pesam
26 toneladas. Cada pilar tem o respectivo símbolo da etnia representada.

2009/09/17

DEPOIS DA VISITA À ILHA

Gostei muito da Madeira e dos madeirenses. Aquilo é, de facto, um
jardim, com flora única, mas tambem uma obra ciclópica moldada
pelos colonos que a povoaram. É um local onde, num só dia, podem
ocorrer as 4 estações do ano, devido à orografia do terreno, corrente
dos ventos e abundância de vegetação. Foi um povo heróico, que ao
longo dos séculos trabalhou a terra, em socalcos e elevações que, de
um momento para outro se precipitam do alto de 600 metros para
o mar ou sobem a picos de 1.820 metros, onde costuma nevar...
As velhas estradas rasgadas na rocha basáltica a 300/600 metros
de altura, assim como as levadas (canais de água) construidas para
levar a água onde era mais precisa, foram obra de muitas gerações,
e trabalho forçado de muitos prisioneiros. Plantar a cana do açucar,
plantar batata doce, abóboras ou milho em exíguas parcelas de
terreno, soltas e a alturas de vertigem, sem uso de máquinas ou de
animais era um verdadeiro calvário... Os agricultores do Continente
não têm noção, não conhecem, nem sabem o que é ser "escravo da
terra", trabalhando naquelas condições. Pior ainda, pois vigorava na
Madeira o regime de colónia, um sistema de verdadeira escravidão.
Com o 25 de Abril, a colónia foi abolida. Na última década do Sec. XX
o Governo Regional dá início à construção de estradas, túneis e de
habitações sociais, e, por esta razão, as pessoas abandonam o campo
e vêm para a cidade ou para os locais de construção, onde ganham
melhores salários e têm a possibilidade de mudar de vida.
Nas terras altas da ilha o analfabetismo rondava os 60 por cento, e
os pais recusavam mandar os filhos à escola, por necessidade de mão
de obra, mas tambem pela dificuldade de se deslocarem até onde
havia estabelecimento escolar. O Governo local construiu habitação
para estes madeirenses, que nunca haviam visto uma casa de banho.
Hoje vivem melhor, com mais dignidade. Por isso, esta gente adora
o "presidente Alberto João". Reconhecem nele o novo amo, que lhes
paga, dá casa, e já não prescindem de viver junto da comunidade
local. Temos de ter isto em conta, quando avaliamos o desbocado
Alberto João Jardim. O povo adora-o. O problema do caciquismo e
da "asfixia democrática" na Madeira, deve-se à legislação criada
para a eleição dos representantes do povo, na qual devia constar o
número limite de mandatos, para não haver "eleitos eternamente".
O erro está emendado, agora esperemos que Jardim se vá embora.
Isto tinha que ser dito, porque a Madeira não é do Alberto João: é
dos madeirenses, é dos portugueses. E todos devemos ter orgulho
por termos sido os primeiros a levar "seres humanos" áquela ilha.
Foi a primeira ilha a ser povoada por portugueses, que nada tinham
para além da sua força de trabalho. A terra no Continente era dos
senhores feudais... mas era o povo quem a trabalhava. Ali chegados,
entregaram-se a construir um novo mundo, em terras basálticas,
geradas por convulsões vulcânicas, extintas há milhares de anos.
Toda a ilha de Madeira é um hino ao trabalho ciclópico dos nossos
antepassados. A partir daí, a alma portuguesa foi mundo fora.

2009/09/10

VOU ATÉ À MADEIRA

O debate de ontem, entre a Velha Senhora e Jerónimo de Sousa,
foi morno, insonso e requentado. Começou às 22,00 horas, quando
estava aprazado para as 21,00. O futebol continua a dominar o espaço
televisivo. Mas a nossa equipa ganhou por 1-0 e vamos adiante. Devo
salientar que a profecia do Dr. Marcelo apontava pata 2-1. Falhou no
oráculo, mais uma vez, e pode ser um bom presságio para o desfecho
do acto eleitoral, pois Marcelo tambem prevê a vitória de Manuela,
a Velha Senhora, candidata a Dama de Ferro deste país de cépticos.
Foi penoso assistir a um debate onde nenhum dos adversários foi
capaz de mostrar dinamismo e "verdade". Jerónimo não conseguiu
"despentear" a Velha Senhora, tanto mais que esta tinha o cabelo
cheio de laca. Manuela F Leite confundiu e trocou o IRS por IRC,
e disse (finalmente) que o TGV não é para colocar de lado...
Curioso foi o tratamento de Manuela a Jerónimo, frio, distante,
quase de desprezo. Enquanto Jerónimo tratou a Velha Senhora
por Doutora, seguida do nome, Manuela F Leite, nunca mencionou
o nome de Jerónimo de Sousa, e apenas o tratou uma única vez
por "senhor Deputado". Na verdade Manuela não sabe tratar com
a arraia miúda, fala de cátedra. Já o "deputado Jerónimo", que é
humilde e simpático, parecia estar incomodado, era evidente que
estava "asfixiado" na presença da catedrática Manuela F Leite.
Ao operário Jerónimo faltou estaleca para "despentear" a Velha
Senhora. Podia ter sido contundente nas "políticas de direita"
defendidas pela adversária, mas falta-lhe preparação técnica.
... E agora, vou até à Madeira, que é um exemplo de democracia,
segundo disse Manuela F Leite na presença do soba Alberto JJ.

Jardim nunca ouve , com atenção, o que os deputados da oposição têm para dizer.

2009/09/09

DESAIRE DE LOUÇÃ

O debate de ontem na SIC entre Sócrates e Louçã foi interessante,
e dele saiu vencedor o primeiro-ministro. Sócrates mostrou, mais uma
vez, dominar todos os dossiês da governação e desorientou Louçã com
o programa do BE, onde está definido "rasgar" os benefícios fiscais dos
PPR, bem como as despesas de educação e de saúde. Louçã afirma-se
como o campeão na luta contra as desigualdades, mas ao "rasgar"
aqueles benefícios dando outros, iria discriminar muito gente.
Despesas com a saúde, a educação e poupança abrange quase todos
os portugueses. Já o sistema escolhido por Louçã iria gerar muitas
discriminações. Quanto às nacionalizações, trata-se de demagogia e
populismo avulsos. Esta gente "não sabe do país em que vive", pensam
que ainda estamos no PREC, esquecem-se que Portugal é membro da
UE, tem legislação comunitário a regular o mercado, e não admite se
quer uma simples golden share. O mercado é livre, qualquer país da
UE pode comprar aqui, assim como Portugal pode comprar lá fora...
Nesta sequência, faz sentido o governo ter optado pela extensão do
contrato com a Liscont (Mota-Engil) referente aos contentores de
Alcântara pois, a haver concurso, a Acciona espanhola teria ganho
o mesmo e Portugal deixava de ter margem de manobra numa área
de negócio tão sensível como é a gestão dos portos marítimos. Já não
se lembram do grito "aqui del-rei que os espanhois estão a tomar
conta disto", como fizeram há dias com a TVI. Sócrates fez bem em
lembrar a Francisco Louçã que a economia portuguesa está integrada
no espaço europeu... A oposição parece não conhecer este país.
Outro dislate de Louçã (de toda a esquerda radical) são os ataques ao
empresário Amorim, por deter uma fatia da Petrogal, que antes era
pertença da italiana ENI. Falam sempre dos lucros chorudos, das
mais-valias da Petrogal, mas não sabem que a Galp Energia tem hoje
activos que ainda há dois anos não possuia. A Petrogal importava
petróleo, refinava-o e vendia-o ao mercado. Pouco mais. Com entrada
de Ferreira de Oliveira, gestor tirocinado na PDVSA da Venezuela,
a Galp Energia alargou o negócio de pesquisa e exploração em Angola,
Brasil, Timor e Venezuela. Hoje a Galp tem reservas para abastecer
o país durante pelo menos 15 anos. São activos valiosos, mas poucos
"patriotas" pensam nisto -- nem querem saber como se enriquece!

As reservas de petróleo da Galp Energia valorizam a empresa e o país.

2009/09/08

POLÍTICA DE MEXERICOS

Conhecemos quem nos governa, mas com a ausência de propostas
concretas e credíveis nos programas da oposição, não vejo quem
poderá fazer melhor por este país. Infelizmente o PSD, liderado
pela Velha Senhora, nada tem de inovador para mobilizar o país.
Apenas promessas de "falar verdade", rasgar tudo que foi feito
pelo governo de José Sócrates, prometer a "salvação" das PMEs
falidas, anquilosadas, e voltar atrás na avalição dos professores...
Isto é paupérrimo, desastroso, iníquo e arrasta o país para uma
deriva económica da qual não vai sair nos próximos cinco anos.
A Velha Senhora apresentou-se púdica, like a virgin, travestida
de "mulher de César", descomprometida de promessas (projectos),
virtuosa de ideias morais, dona da verdade absoluta, pregadora
da lealdade, chocalheira da "asfixia asmática", admiradora dos
métodos democráticos de Alberto João -- que ainda ontem se
portou como um ditador ao mandar os jornalistas pró c...........!
...No dia em que recebia a excelsa e virtuosa Velha Senhora.
Com gente desta, sem ideias, projectos nem programas credíveis,
que podemos esperar? Deixem Sócrates vencer a crise económica
mundial, que o apanhou a meio caminho, pois sabemos do que ele
é capaz, como provou de 2005 a 2007, antes do tóxico subprime
americano alastrar por todo o mundo, como uma pandemia...

O aquecimento global está a alterar o planeta Terra. O monte Kilimanjaro,
situado na fronteira da Tanzania com o Quénia, em África, tem 5.985 metros
de altura e o seu cume, dentro de 10 anos, ficará sem vestígios de neve... Não
vamos mais ter escritores a escrever sobre ele, como o fez Ernest Hemingway.

2009/09/07

A ASMA ASFIXIA

Enquanto a asmática Velha Senhora anda pra aí a dizer que tem
dificuldade em "respirar", o Duce Paulo Portas anda frenético pelo
país a reclamar "segurança" e "apoio às PMEs", como se fosse ele
"o único" dono daqueles baldios. Não quero pôr em dúvida a doença
"asmática" da Velha Senhora, tanto mais que escolheu como mote
desta campanha "falar verdade"
. Mas o Duce Paulo Portas, nesta
sua ânsia de falar "forte e feio" às massas populares, contraiu uma
atonia vocal, isto é, está rouco, pelo que, logo à noite, no confronto
televisivo com Jerónimo de Sousa, pode sofrer uma pesada derrota,
caso fique mudo e quedo, sem
voz -- tal como aconteceu em 2005
com Jerónimo.
Por tudo isto, gostei que a Velha Senhora tenha ido até à Madeira,
uma ilhota governada pelo régulo Alberto João que, como é sabido,
é uma pessoa respeitadora das liberdades democráticas, embora a
oposição diga que o soba é um ditador truculento e que a opressão
é sentida em toda a ilha. Mas a Velha Senhora, que exibe o slogan
"falar verdade", sente-se bem junto do régulo e até esquece a sua
"asfixia asmática". Continuo a acreditar que a Velha Senhora "fala
verdade", e, por isso, estou certo que a democracia na
Madeira é
um exemplo de cidadania e civismo que se recomenda
. Em caso de
vitória eleitoral, a Velha Senhora seguirá, no Continente, a política
democrática seguida pelo régulo Alberto João. É uma espécie de
franchising, um modelo cedido a troco de algum dinheiro.

A Madeira continua a viver à custa dos contribuintes do Contenente.

2009/09/04

OS MANCOMUNADOS

O debate de ontem (ou entrevista) entre Jerónimo de Sousa (PCP)
e Francisco Louçã (BE) não passou de mais um salamaleque entre dois
concorrentes que têm por inimgo e adversário José Sócrates e o PS...
Jerónimo de Sousa mantem o "programa e as ideias polílíticas" de há
35 anos; Francisco Louçã revelou ao país que era neto de um militante
comunista e defendeu um Estado gémeo daquele que é defendido por
Jerónimo, ou seja, um Estado capaz de nacionalizar a banca, os seguros,
a energia, e que penalize o grande capital.
A desonestidade intelectual e política destes dirigentes da extrema
esquerda anda a par com a sua demagogia e populismo. Na verdade
eles falam de um mundo que já não existe. Portugal está integrado na
UE (dirigida por um português), parte da legislação é comunitária
e a livre troca de mercadorias e os fluxos de capitais são totalmente
livres. Além disso, para o bem e para o mal, a moeda é comum e as
políticas monetárias são ditadas pelo Banco Central Europeu. Apesar
desta evidência, os mancomunados da "verdadeira esquerda" falam
como se Portugal fosse uma ilha, rica e poderosa, onde os governos
tivessem a função de dirigirem a economia e fabricarem moeda para
distribuir ao povo... É rídiculo pensar assim, mas o populismo destes
dois mancomunados ainda consegue iludir muita gente.
Louçã e Jerónimo não têm um projecto para o país, não conseguem
"inventar" um produto, não são capazes de gerir uma fábrica e vender
a sua produção. Não explicam como pode o país fugir à crise mundial.
Aliás, qualquer deles é tão demagogo, que consegue acusar José
Sócrates e o PS de serem os culpados pela crise financeira e económica
em que vivemos, nós e o resto do mundo. Os dois mancomunados
afirmam que a culpa é de Sócrates, culpando-o por não ter "previsto"
a crise que aí vinha. Como se Sócrates soubesse ler nas estrelas...
Em resumo: o debate de ontem na SIC foi um regresso ao passado.

Ocorre-me perguntar: mas aonde é que eu já vi isto?...

2009/09/03

SÓCRATES vs PORTAS

Utilizando a metodologia do Professor Marcelo, eu daria a seguinte
pontuação ao debate de ontem na TVI: Sócrates 16, Portas 12.
Quanto à moderadora Constança Cunha e Sá atribuir-lhe-ia zero
pontos, pois ela na verdade foi eclipsada pela artilharia ligeira de
Portas, antigo ministro da Defesa
. As regras do debate não foram
respeitadas por Portas, que "rasgou" o guião e transformou o debate
numa peixeirada, apesar de Sócrates apelar à calma do adversário
político. Resultado, Sócrates acabou por colar-se ao impetuoso Paulo
para, assim, não perder tempo de antena. Constança ainda tentou
chamar Portas ao redil, mas este estrebuchou, saltou para fora da
arena, e vociferou em todos os azimutes. A inutilidade de Constança
não causou surpresa, pois esta senhora foi jornalista do semanário
Independente, onde trabalhou sob a orientação do director Portas.
Constança estava impotente, não foi capaz de controlar e acalmar o
seu ex-patrão. O espectáculo de submissão ao velho amigo era mais
que evidente, além disso Constança está a perder o ritmo, gagueja,
entaramela as palavras, é uma sombra da Judite de Sousa.
Paulo Portas mostrou como é fácil ser camaleão em política. Dantes
o PP era defensor do eleitorado da CAP, dos patrões confederados
na CIP, da classe média-alta, dos quadros do Estado; agora virou-se
para os velhinhos em lares, para as feiras de levante, para mercados
de hortaliças. para os pensionistas mais pobres. Isto é populismo
barato, demagogia desenfreada, falta de ética e de ideologia política.
Para Portas o importante é chegar outra vez ao poder, ao poleiro de
S. Bento. Para realizar esse desiderato, vale tudo em política. Mas não
é apenas Portas que se traveste em demagogo, entrando no eleitorado
do PCP ou do PS. Claro que a "segurança" serve para tudo, para dar
ao eleitorado um sinal de confiança, de tranquilidade, mas atenção:
o populismo e a demagogia acabam sempre por levar a uma tirania.
Nessa altura as forças de "segurança" são postas ao serviço do chefe
populista, para este reprimir as manifestações do povo. Cuidado.

Os campos da lavander na Provença francesa ajudam a purificar o ambiente.

2009/09/02

PARANÓIA OU DELÍRIO?

"Não é a crise que justifica a situação em que o país está", disse a
Velha Senhora ontem, em Faro. Se não é a crise, então porque anda
o senhor Sarkozy, mister Gordon Brown, señor Zapatero, mr. Obama
e tantos outros a "salvar o sistema financeiro"? É a crise do capitalismo
ou não? Que pretendem eles, senão a salvação do sistema financeiro
para, assim, salvarem o que resta da economia?. Só a Velha Senhora
parece não perceber, isto é, ela percebe, mas faz de todos nós parvos.
A aspirante a Dama de Ferro está paranóica. Em Faro fez afirmações
delirantes. Pelo que eu li, "se o engenheiro Sócrates" ganhar as eleições,
vamos viver numa tirania... Sócrates, pelo que depreendo das palavras
da Velha Senhora, tem um chicote guardado para, saindo vencedor,
"retaliar", impondo, assim, aos seus adversários, chicotadas na praça
pública... "Diria que quase fico assustada com essa hipótese", disse a
Velha Senhora, num delírio estílo "antóniomariacardoso". Não haverá
quem possa aconselhar esta alma penada, (que vê inimigos em todo o
lado, sente "uma asfixia" geral, percebe o cheiro da censura, e vê sinais
de uma ditadura disfarçada) no sentido de ser observada por um
especialista em doenças paranóicas? Ela fala com medo, fala baixinho
com medo de ir para o Aljube -- mas os portugueses e a UE pensam
que Portugal é uma democracia. Estude-se este caso, caramba!...
Segundo diz a Velha Senhora, "as pessoas receiam falar, não ousam
discordar do engenheiro Sócrates. Isto nunca se passou desde o 25 de
Abril" -- lamenta-se a Velha Senhora. Chamem um psiquiatra, não
vá o diabo tramar-nos, dando a vitória eleitoral a uma Velha Senhora
que sonha com os procedimentos de uma ditadura.

A Velha Senhora sonha com ditadores de todas as cores e feitios.

2009/09/01

COMÍCIOS, NÃO - disse ela

Sendo o PSD um partido que já serviu Portugal em tempos dificeis,
mas tambem em tempo de vacas gordas, com políticos competentes
a quem se deve parte do país que hoje somos, custa acreditar que o
mesmo partido, nestes tempos de emergência nacional, tenha optado
pela escolha de Manuela Ferreira Leite. Não se compreende a razão
para tal escolha, tendo o PSD gente competente, mais jovem e com
abertura aos tempos que correm. Ao escolherem a Velha Senhora,
apenas estão a trazer o passado para o presente. O que ontem era,
já não é hoje. A Velha Senhora não tem carisma para arrastar os
eleitores; não tem o viço nem a adrenalina para enfrentar os tempos
de cólera social; não tem um paradigma para o Portugal de hoje; não
entende as circunstâncias que geraram esta crise global; apenas tem
um discurso conservador, um tique autoritário, uma ideia de família
que já não existe, e, ao dizer que o truca-truca deve ser usado para
fins de procriação, a Velha Senhora mostra a realidade nua de que
enferma: está desfazada no tempo e nas ideias. Nem quer encarar
com o povo que nela vai votar. Não gosta de se misturar com o povo,
em comícios, arruadas, jantares, seja no Pontal ou no Chão da Lagoa.
Com este carácter, como pode a Velha Senhora levar os portugueses
a cuidarem deles, a trabalharem para eles e para o seu país? Qual é
a ideia de Ferreira Leite sobre o Portugal do futuro? Que paradigma
de desenvolvimento tem ela para apresentar aos portugueses? Nada,
mas os conselheiros acácios que rodeiam a Velha Senhora querem
acreditar que está para nascer uma nova estrela, uma futura Dama de
Ferro lusitana, à moda da Padeira de Aljubarrota ou da Maria da Fonte.
Ideias, figuras e heroínas do passado, cada uma adequada ao seu tempo.
Sejam compreensivos: deixem a Velha Senhora descansar, permitam
que ela vá para casa, viver o ambiente familiar, com o fuso e a roca.

Uma imagem dá-nos a ideia precisa de como seria o passado.